Pompeia e Herculano são duas das mais famosas cidades romanas antigas que foram destruídas e soterradas pela erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. Estas cidades fornecem uma visão inestimável da vida romana, uma vez que ambas foram preservadas sob um espesso manto de cinzas vulcânicas e pedra-pomes, que protegeu edifícios, artefactos e até restos humanos durante quase dois milénios.
Pompeia, a maior das duas cidades, era um centro urbano movimentado com uma população de cerca de 10.000 a 20.000 pessoas na altura da sua destruição. Localizada perto da moderna cidade de Nápoles, era um próspero centro comercial, famoso pelas suas ruas vibrantes repletas de lojas, edifícios públicos e moradias luxuosas. Herculano, embora mais pequena, com uma população de cerca de 5.000 habitantes, era igualmente próspera e é considerada uma cidade mais rica, com casas maiores e mais elaboradas.
A erupção do Vesúvio apanhou ambas as cidades de surpresa. Inicialmente, uma nuvem de cinzas e pedra-pomes foi expelida do vulcão, caindo sobre Pompeia. Após horas de erupções, uma onda piroclástica - uma nuvem de gases quentes e detritos vulcânicos que se movia rapidamente - engoliu as duas cidades, acabando por as soterrar completamente. Enquanto Pompeia ficou coberta por cerca de 25 pés de cinzas, Herculano ficou enterrada sob cerca de 75 pés de material, incluindo rocha derretida, que preservou estruturas de madeira e materiais orgânicos que, de outra forma, se teriam decomposto.

As escavações começaram no século XVIII, com os primeiros esforços de escavação centrados na recuperação de artefactos valiosos e não no estudo sistemático dos locais. No entanto, com o tempo, tanto Pompeia como Herculano tornaram-se sítios arqueológicos importantes, revelando frescos, mosaicos e artefactos notáveis que oferecem um retrato da vida quotidiana romana, da organização social e até das práticas religiosas. A preservação de edifícios, incluindo lojas, templos e casas, proporcionou uma visão detalhada do planeamento urbano romano.
Pompeia é conhecida pelas suas ruas bem preservadas, completas com degraus, e estruturas como o Anfiteatro, um dos mais antigos e completos do mundo romano. Os visitantes podem passear pelo Fórum, ver o Templo de Júpiter e explorar a famosa Casa do Fauno, conhecida pelos seus grandes mosaicos. Herculano, entretanto, é frequentemente considerado como tendo produzido exemplos mais espectaculares e melhor preservados da decoração interior romana, incluindo portas e mobiliário de madeira intactos, bem como frescos vívidos.

Embora ambas as cidades forneçam uma visão excecional da vida romana, a preservação de Herculano é por vezes considerada superior devido à natureza do seu enterramento sob lava, que ajudou a proteger materiais orgânicos como têxteis e madeira. Por outro lado, Pompeia, embora mais conhecida, oferece uma extensa coleção de edifícios públicos e uma gama mais vasta de artefactos, o que a torna um local essencial para compreender a vida pública e privada romana.
Hoje em dia, tanto Pompeia como Herculano enfrentam ameaças de degradação natural, turismo e factores ambientais. Os esforços para conservar estes locais incluíram a utilização de coberturas protectoras e técnicas avançadas para preservar os seus frescos e estruturas delicados. No entanto, os desafios da manutenção de ruínas tão extensas e frágeis continuam a ser uma preocupação central para arqueólogos e conservadores.
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